quarta-feira, 18 de março de 2009

A TECNOLOGIA O TEMPO E A EDUCAÇÂO

A TECNOLOGIA O TEMPO E A EDUCAÇÂO

Emir Sharife

O homem do século XXI passou a ter maior tempo de vida se comparado a um homem da idade média. Esse último em geral vivia no máximo por 35 anos, morria em decorrência de guerras, hábitos de vida e falta de higiene e daí doenças não controladas pela ciência da época. O homem moderno já vive em média até os 75 anos, e a cada década a expectativa de vida de uma sociedade moderna aumenta mais. Aonde chegaremos?
O homem moderno passa a experimentar novos hábitos de vida, e um culto ao corpo,muito diferente do homem de tempos passados.
Este, passa a ter acessos mais rápidos, e experimenta novos ambientes, emoldurados por tecnologias de conforto e culto a beleza. Na arquitetura moderna de habitação, notamos um diferencial marcante nos tamanhos dos ambientes se comparado a projetos de 15 anos atrás. Tudo é menor, mais racional, mais seguro, e mais confortável. Nas paredes podemos ver os inúmeros plugues de acessos a redes lógicas, tvs a cabos, vídeo e os inúmeros controles remotos.
A sociedade muda, os conflitos entre os homens das diversas gerações se acentuam, jovens contra velhos, e velhos de áreas sociais mais abastadas contra os velhos de sociedades mais simples. Os valores sociais mudam muito rapidamente, acompanhando aos aprimoramentos tecnológicos já disponibilizados, poucos aceitam essas mudanças, daí os conflitos. Os crimes passam a ter ambientação tecnológica, os “delitos” passam a ser executados em tempos menores, porém com proporções avassaladoras se comparados aos mesmos quando praticados em épocas passadas.
É o tempo, é a tecnologia, é o homem moderno, são os acessos e seu novo rítimo.
Os acessos à áreas tecnológicas passam a ser facilitados, muitos acessam, muitos já podem até dominar tecnologias, porem poucos terão seus os direitos reconhecidos. Ter direito tem a ver com história, com a trajetória de um povo nos seus investimentos em desenvolvimentos de novas tecnologias, nós homens modernos das sociedades recém colonizadas, seremos somente os clientes!
O homem moderno passa a vivenciar um novo tipo de guerra, a guerra tecnológica. As limitações nos acessos, os domínios, a velocidade de acesso passam a ser os diferenciais dessa guerra, entre uma sociedade e outra. Falamos em globalização, porém a internet de um “centro europeu” não é mesma do Brasil, não há como comparar.
Diante dessa guerra, podemos ver uma pequena parte desse povo brasileiro, sem saúde e sem educação básica, morando em favelas em condições tribais primárias, já podendo ter acesso a internet banda larga gratuita, obviamente patrocinada pelo poder público. Eles chamam isso de “inclusão digital”!
Com toda essa aspiração tecnológica já estamos no final do primeiro bimestre de aulas na Rede Estadual de Educação do RJ, e esse mesmo governo, ainda não se deu conta da falta de mais de 15000 professores ( dados do Sindicato dos Professores) para atender a sua imensa rede de ensino. O problema segundo ele, o nosso governador, seria de “gestão” daí ter nomeado uma analista de sistemas do Proderj como Secretária de Educação. Porem os alunos continuam sem aulas por falta de professores, as escolas estão caindo aos pedaços devido a falta conservação, os prédios muito deles alugados, em péssima condição de conservação. Mas cada professor da rede recebeu um Lap Top!
Que demagogia!
Os milhões de Reais que foram gastos em tecnologia, pelo antigo secretário de Educação do RJ, Sr. Cláudio Mendonça, que tratou de moralizar administrativamente, e informatizar toda a rede, criou o Pró Rede, criou o banco de dados REGUA - (registro geral dos alunos),criou o Geo referenciamento das escolas,(sistema de localização via coordenadas e dimensionamento físico de todas as escolas da rede - provando a capacidade da U.E.de abrigar um determinado nº de alunos, e com isso evitando alunos fantasmas e créditos de merenda escolar) criou entre outros, o Quadro de horário eletrônico de professores e alunos,( que acabava com as maracutaias existentes na época, entre diretores e professores amiguinhos X professores fantasmas) tudo foi jogado no lixo, obra e dinheiro público jogados no lixo pelo seu sucessor Sr. Arnaldo Niskier e enterrados pela nova Secretária de Educação.
Vocês acham que esse poder público pode falar em gestão? O que é gestão para ele afinal?
Creio que o caminho certo para a inclusão social e seus derivativos seria, o Ministério Público tomar seu lugar na sociedade e apurar e julgar com rigor esses fatos!

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